Bolívia Morales afirma que racismo é um instrumento de dominação mundial
Bolívia: Morales afirma que o racismo é um instrumento de dominação mundial
Resumen Latino-americano/ABI, 23 de maio de 2017 – O presidente Evo Morales afirmou na terça-feira, no início da V Sessão da Rede Ibero-americana contra a Discriminação, que o racismo é um instrumento de dominação não só na Bolívia, mas no mundo, e alertou para a necessidade de se avançar na construção de um “planeta pluri-nacional”.
“(O) racismo é um dos instrumentos de dominação, de submissão, de humilhação não somente na Bolívia, mas em todo o mundo; não apenas nesta época da história, mas isso vem do ocidente”, disse em um evento que se desenvolveu na cidade de Santa Cruz.
O chefe de Estado refletiu que é muito simples aprovar normas contra o racismo, porém, o mais difícil é como implementá-las e como fazer respeitar “nossos irmãos” e erradicar o racismo.
Instou também todos a escutar as propostas dos jovens para alcançar uma sociedade mais justa e livre desses ‘males’, e afirmou que a juventude deve ser quem leva a bandeira para acabar com o racismo e discriminação no mundo.
Na Bolívia custou muito ter um Estado Pluri-nacional integrador e inclusivo, porém, se consolidou a partir da nova Carta Magna, aprovada em 2009 e que está em vigência atualmente, onde se reclamou construir um “planeta pluri-nacional”, em atenção à diversidade do mundo.
“Como aqui na Bolívia custou bastante, sofremos bastante em 2006, 2007, 2008, para ter um Estado Pluri-nacional, nossa meta deve ser, nosso desejo deve ser que tenhamos uma América pluri-nacional, planeta pluri-nacional, e não somente o Estado Pluri-nacional da Bolívia, porque somos tão diversos em todo o mundo”, indicou.
Morales disse que o respeito à diversidade garante a dignidade e, certamente, a igualdade e a soberania dos povos.
O presidente leu a carta de uma estudante de 17 anos do Ensino Médio de Camargo, que denunciou a discriminação em sua unidade educacional só pelo fato de vestir pollera e que, apesar disso, tem a “firme intenção” de sair uma profissional com sua vestimenta.
Manifestou que, assim como na Colômbia, os grupos mais discriminados e marginalizados da Bolívia sempre foram as mulheres e o movimento indígena.
“Lembremos e repassemos um pouco a história. Até a década de 1950, todas as irmãs, todas as mulheres, todas as companheiras não tinham direito ao voto”, indicou.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro.
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