Crônica - As possibilidades Revolucionárias do Século XXI - Manoel Messias Pereira



As possibilidades revolucionárias do Século XXI

O mundo não segue as orientações das estrelas, nem é só céu, nem só mar, nem o nada é o inferno.  E todo o olhar que temos nasce do alicerce  ideológico de nosso tempo. E os pensares filosóficos se encontram se cruzam e colocam em xeques a multiplicidades dos pensares. Vivemos hoje essa possibilidade e temos ela como mãe de toda a diversidade que ora defrontam-se, confrontam-se ou compartilham-se, dores amores, esperanças, guerras, e lagrimas que se perdem por inúmeros chorares, que através dos séculos de nossos tempos moderno e contemporâneo é o que possibilita-nos ter uma visão e uma conduta neste princípio de século XXI.

 Durante a historiografia do mundo observamos que  já nos fins do século XVII na Inglaterra tinha início o movimento intelectual da chamada ilustração, e que vai alcançar a maior expressão na França durante todo o século XVIII, e essas ideias chamadas hoje de liberais foram de encontro as aspirações da burguesia. E há quem diga que esses pensamentos foram tirados da Cabala Judaíca, pois aquele que faz a luz, permanece nas sombras. Outros afirmam que a origem de tudo está na Revolução Científica do século XVII, quando na ciência viu-se o desenvolvimento da física, e dela a mecânica, da química, biologia e com o interesse crescente pelos métodos experimentais.

E assim tivemos um desenvolvimento no século XIX das chamadas revoluções liberais, assim como no século XX o das chamadas revoluções socialistas, como diz a nossa professora.  E para entender as revoluções do Século XX devemos colocar no contexto  de todos os movimentos desde o século XVIII.

Os principais pontos defendidos pelos filósofos iluministas eram a crítica ao Estado absolutista, e propunha a limitação do poder real. Criticava aos privilégios de classe, assim como a critica à postura da Igreja Católica que sustentava o antigo regime, além de defender a não intervenção do Estado no campo econômico, e a defesa de um sistema constitucional.

E neste contexto do sistema capitalista vemos que houve a Revoluções Inglesas, tanto a Revolução Puritana assim como a Revolução Gloriosa, que forneceram elementos liberais para a formação dos Estados Unidos a partir das 13 colonias nas quais formataram a chamada Nova Inglaterra e a luta pelo processo de independência americana com o ideal liberal. E  paralelamente ao desenvolvimento ideológico do sistema capitalista na sua ação que permitia a burguesia organizar-se da maneira monopolista. E desta forma organizaram todo o processo da revolução industrial, que permitiu a burguesia acumular lucros, bens materiais e econômicos, que passou a ser dona de todas as matérias primas, de todos os territórios, passam a ser dona de todos os mercados e utilizaram as mão de obras daqueles que não tinham nada, sendo ela burguesia portadora inclusive da força de trabalho. E até hoje é assim é o patrão que emprega quem estabelece qual será o salário do trabalhador. Numa ação organizada para uma grande exploração. E isto dá pra entender quando faz-se uma modificação na lei trabalhista que não favorece nenhum trabalhador no Brasil, mas é reconhecidamente dito pela burguesia como uma eficaz reforma. Ou seja para a burguesia. E hoje estamos numa plena luta de classe.

A Revolução Francesa é aquela que estabelece o fim do Período Moderno e o Princípio do século Contemporâneo. e como já sabemos desde o governo de Luís XVI, diante de uma França em falência, de uma Assembléia  de Notáveis, a Reunião dos Estados Gerais, o povo nas ruas a Assembleia  Nacional Constituinte de 1789/1791, a Aprovação de uma constituição, os girondinos , os jacobinos, o rei em fuga o rei que foge, A convenção Nacional, a constituição de 1793, a guilhotina o golpe do Termidor, O diretório o golpe do 18 Brumado o consulado. A Conjuração dos iguais até a Revolução de 18 de março de 1871, quando se dá a proclamação da Comuna de Paris. O momento em que não se podia utilizar o velho aparelho estatal da burguesia. A comuna foi o testemunho de que um novo tipo de estado um novo proletariado, foi considerado o primeiro ensaio da ditadura do proletariado e serviu de modelo para o Estado soviético.

E Karl Marx e Friedrich Engels ao publicar o Manifesto Comunista alicerçaram os seus pensamentos num tal Socialismo Científico em que ele traz a dialética hegeliana, a  critica a economia politica inglesa que resolveu a vida da classe burguesa mas possibilitou uma vida de penúria a classe trabalhadora e por fim os aspectos do socialismo  francês desde os jacobinos até a Conspiração dos Iguais e a Comuna de Paris. Marx a partir do conceito de materialismo dialético, Marx e Engels criaram uma nova teoria da História:o materialismo histórico, Para eles, a História se desenvolve, dialeticamente, a partir das relações de produção existentes em cada momento. As relações de produção seriam a infra-estrutura sobre a qual se sustenta a super-estrutura política, jurídica e ideológica.

E a superação de um modo de produção por outro se dá a partir da luta de classe, como se pode observar ao longo da história quando a nobreza foi derrubada pela burguesia e abriu o caminho para a afirmação do modo de produção capitalista. Sabemos que o pensamento marxista foi aprofundado em obra como "O Capital".

E com as ideia de Marx tivemos a experiencia soviética que neste ano completa  100 anos .  Mas é importante lembrar que no ano de 1917, houve no mês de abril a ascensão do movimento revolucionário de mil operários metalúrgicos ocupados na industria de guerra alemã entram em greve. E a revolução que instalou-se na Rússia exerceu profunda influência sobre o  movimento revolucionário de outros países, ja em maio houve movimentos revolucionários em grande navios de frotas alemã. em agosto de 1917 tiveram motins que foram reprimidos com violências. Na Áustria também desencadeou um poderoso movimento grevista, na Inglaterra durante a primavera de 1917 pararam centenas de milhares de mecânicos,  de operários da industria e há informação de que nesta época novecentos mil operários entraram em greves.

Mas foi bastante a significação Internacional da Grande revolução Socialista de Outubro, quando os bolcheviques perceberam que a revolução democrático-burguesa de fevereiro não foio final do caminho percorrido mas o começo da luta pela revolução socialista, os socialistas com Lênin à frente como o começo da revolução socialista e nisto no dia 25 de outubro com os bolcheviques a classe operária da Rússia em aliança com os camponeses pobres e apoiados pelos soldados e marinheiros, derrubou o poder da burguesia e a instauração de um novo tipo de governo o soviético, um estado nas mãos dos proletários a eras das revoluções proletárias.

Essa luta pela Paz, vai com certeza iluminar o caminho para asgrandes lutas revolucionarias de libertação, como a Revolução Angolana, com o seu movimento de resistência armada, numa luta mobilizada em torno dos problemas da discriminação e repressão colonial, lutas que iniciou com o Centro de Estudos africanos na qual destaram-se, lideres como Agostinho Neto, e Amilcar Cabral. O MPLA teve inspiração marxista leninista, e teve incio com escola de formação política, o MPLA que trabalhou numa junção com o PLUA e o MIA. Outro grande grupo também de inspiração marxista foi o PAIGC, ambas organizações de Angola e Guiné Bissau. Já a Revolução Moçambicana tivemos a Frelimo, e a revolução Etíope todos de cunho. As revoluções africanas foram revoluções sociais as lutas embora tiveram inspiração marxista.

Agora estamos no Século XX, o capitalismo mostra ao mundo um país inteiro no Brasil de corrupção de mala de dinheiro, de subornos, de roubo, de compra de deputados, de impeachment que mais parece um golpe de mestre de show de sacanagens de desacertos, de políticas trabalhistas em retrocesso de politicas ligadas a previdência que não trará nenhum benefício aos trabalhadores. Enfim este é um país que está no mundo Um mundo não segue as orientações das estrelas, nem é só céu, nem só mar, nem o nada é o inferno.  E todo o olhar que temos nasce do alicerce  ideológico de nosso tempo. E os pensares filosóficos se encontram se cruzam e colocam em xeques a multiplicidades dos pensares. Vivemos hoje essa possibilidade e temos ela como mãe de toda a diversidade que ora defrontam-se, confrontam-se ou compartilham-se, dores amores, esperanças, guerras, e lagrimas que se perdem por inúmeros chorares, que através dos séculos de nossos tempos moderno e contemporâneo é o que possibilita-nos ter uma visão e uma conduta neste princípio de século XXI. E estes princípios precisam sim serem aprofundados dentro de cada células políticas, num contexto de democracia direta, por um Poder Popular.


Manoel Messias Pereira

poeta
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto-SP. Brasil









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