Plenárias dos Comunistas: Organização, formação e luta!
Plenárias dos Comunistas: organização, formação e luta!
O Partido Comunista Brasileiro (PCB), através de seus coletivos de luta, realizou neste feriadão de 7 a 10 de setembro, quatro atividades nacionais simultâneas, na Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. O objetivo desses eventos é reforçar a política de organização, formação e luta de nossa militância no sentido de atuar de maneira mais organizada nos movimentos sociais e na luta de classes em nosso País, processo que está dentro da estratégia de preparar o partido para o novo ciclo de lutas que se abriu no Brasil com as jornadas de junho de 2013 e também em função do esgotamento do velho ciclo que foi hegemonizado pelas organizações ligadas à estratégia democrático-popular.
A primeira das atividades ocorreu nos dias 7 e 8 de setembro no Rio de Janeiro, no evento denominado Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. Ao longo desses dois dias, cerca de 50 militantes, entre especialistas, professores e estudantes desse setor, oriundos de 14 Estados, realizaram um diagnóstico da realidade e das especificidades da educação profissional e tecnológica do país, tanto na área pública quanto privada, bem como das principais instituições que formam os jovens que irão se incorporar ao proletariado brasileiro quando terminarem seus cursos, de forma a identificar as prioridades do trabalho político junto aos estudantes.
Debateu-se também a unidade de ação entre a Unidade Classista, corrente sindical do PCB, e a União da Juventude Comunista para a formulação de uma estratégia de curto, médio e longo prazo visando a ampliar a presença dessas organizações junto ao novo proletariado brasileiro. Vale ressaltar que o proletariado brasileiro hoje é muito diferente do proletariado dos tempos das greves do ABC. Tem um perfil muito mais jovem, com mais anos de estudo e formação técnica, mas não passou ainda pela escola da luta de classes. Por isso, torna-se fundamental o estabelecimento de uma política para a ação junto ao novo proletariado brasileiro.
A primeira das atividades ocorreu nos dias 7 e 8 de setembro no Rio de Janeiro, no evento denominado Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. Ao longo desses dois dias, cerca de 50 militantes, entre especialistas, professores e estudantes desse setor, oriundos de 14 Estados, realizaram um diagnóstico da realidade e das especificidades da educação profissional e tecnológica do país, tanto na área pública quanto privada, bem como das principais instituições que formam os jovens que irão se incorporar ao proletariado brasileiro quando terminarem seus cursos, de forma a identificar as prioridades do trabalho político junto aos estudantes.
Debateu-se também a unidade de ação entre a Unidade Classista, corrente sindical do PCB, e a União da Juventude Comunista para a formulação de uma estratégia de curto, médio e longo prazo visando a ampliar a presença dessas organizações junto ao novo proletariado brasileiro. Vale ressaltar que o proletariado brasileiro hoje é muito diferente do proletariado dos tempos das greves do ABC. Tem um perfil muito mais jovem, com mais anos de estudo e formação técnica, mas não passou ainda pela escola da luta de classes. Por isso, torna-se fundamental o estabelecimento de uma política para a ação junto ao novo proletariado brasileiro.
Unidade Classista
Nos dias 9 e 10 de setembro realizou-se também no Rio de Janeiro, no Sindicato dos Petroleiros, a Plenária Nacional da Unidade Classista, com a presença de mais de 150 delegados e observadores, representando 15 Estados. O objetivo do evento era discutir a conjuntura brasileira, especialmente num momento de graves ataques contra os trabalhadores e traçar uma estratégia de luta para o próximo período. A plenária constatou que, mesmo diante das lutas travadas pelos trabalhadores e a juventude, ainda não se reuniram condições suficientes para barrar as contrarreformas do governo Temer. Nesse sentido, avaliou-se que é ainda mais urgente e necessário superar a fragmentação dos trabalhadores.
Ao longo dos dois dias, os camaradas debateram a conjuntura e a resistência para derrotar as contrareformas, a inserção nas categorias estratégicas e a organização para as disputas sindicais a partir das lutas cotidianas, ressaltando-se que as bases sindicais têm demonstrado disposição de luta, inclusive se insurgindo contra direções recuadas e burocratizadas de vários sindicatos. Discutiram ainda o ENCLAT (Encontro Nacional da Classe Trabalhadora), como instrumento fundamental para a reorganização do proletariado brasileiro, a partir de um trabalho de base nos sindicatos, mas também através dos fóruns, frentes e blocos regionais de luta sindical que visem à unificação das organizações do campo classista e anticapitalista.
Debateu-se ainda a realização do II Congresso Nacional da Unidade Classista, que será realizado em abril de 2018, em Fortaleza, e aprovou-se um documento de trabalho com formulações, estratégias e táticas para a luta no próximo período. Ainda houve espaço na programação para uma animada roda de samba com o grupo Desafetos do Colírio, formado por militantes do PCB de Nova Friburgo.
Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
Em Salvador, entre os dias 7 e 10 de setembro, foi realizado o I Encontro Nacional de Formação e Organização do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro. Participaram do evento cerca de 90 camaradas de 16 Estados, além de várias camaradas especialistas nas questões do mundo do trabalho e das lutas feministas. No primeiro dia do Encontro foi realizada uma análise da conjuntura brasileira e a história da luta das mulheres do PCB ao longo de nossa trajetória de mais de 95 anos de luta. Ainda no primeiro dia debateu-se também a questão do trabalho e a vida das mulheres brasileiras. O segundo dia foi dedicado às aproximações com o método de Marx, a análise do imperialismo atual e a luta internacional das mulheres na Federação Democrática Internacional das Mulheres – FDIM.
O encontro também debateu o trabalho de base e identificou um conjunto de dificuldades que devem ser superadas para a organização das mulheres no movimento popular e sindical, apresentando ainda as experiências educativas populares que vêm sendo realizadas em alguns Estados, como os cursinhos populares Lima Barreto e Carolina Maria de Jesus. No último dia, o debate girou em torno dos efeitos danosos da pós-modernidade na luta de classe trabalhadora brasileira e também realizou-se intensa discussão sobre mulheres negras, prostituição e trabalho social.
LGBT Comunista
Na cidade de São Paulo, entre os dias 07 a 10 de setembro, ocorreu o 1º Seminário Nacional LGBT, organizado pelo núcleo do Coletivo LGBT Comunista do Estado. O evento contou com a presença de cerca de quarenta camaradas de 11 estados, sendo que cinco destes já possuem Coletivo LGBT Comunista (Alagoas, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo). Foram realizadas cinco atividades de formação durante o seminário. Os temas debatidos e estudados abrangeram desenvolvimento filosófico da obra de Marx e Engels, elementos sobre organização revolucionária na obra de Lenin, sobre a natureza do Estado, da sociedade civil, da democracia e das experiências de poder popular na Europa e América Latina. Discutiu-se a base real pela qual as relações sexuais e afetivas se organizam num determinado modo de produção social da vida em contraponto à ideias biologizantes ou culturalistas, tão presentes no senso comum, as características políticas, a gênese dos movimentos sociais e a história mundial e nacional do movimento LGBT e sobre a elaboração e composição teórica presentes no pensamento pós-moderno.
Além das formações, realizou-se nos dias finais do seminário um ativo para planejar a forma pela qual o processo de constituição de novos núcleos deve ocorrer e para definir o local de atuação prioritário do Coletivo LGBT Comunista. Destacam-se alguns elementos do Plano Nacional de Atuação produzido durante o ativo de nacionalização. O Coletivo LGBT Comunista buscará constituir um campo socialista revolucionário dentro do movimento nacional LGBT, disputando hegemonia da nossa perspectiva política crítica e estratégia revolucionária; realizará um mapeamento das instâncias representativas nacionais e estaduais do movimento LGBT para planejar a atuação tática para a apresentação da nossa posição política; atuará, onde for possível e em consonância com as articulações nacionais do Partido e demais coletivos partidários, em frentes de esquerda como a Frente Povo sem Medo, diretamente ou via os Bairros Sem Medo, Frente de Esquerda Socialista, entre outras e constituirá um planejamento de expansão do coletivo em nível nacional.
Foram quatro dias de intensos debates onde os comunistas, organizados nos mais diversos coletivos, refletiram sobre a realidade brasileira, estudaram os clássicos, elaboraram estratégias e táticas políticas para o próximo período e ampliaram a camaradagem entre os militantes. Foi um marcante momento de ação política e de organização do PCB, pois não é fácil realizar quatro atividades nacionais simultâneas num país de dimensões continentais como o Brasil.
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