Crônica - Reflexão sobre as nossas necessidades - Manoel Messias Pereira
Reflexão sobre as nossas necessidades
O nosso olhar sobre a realidade, deve partir sempre das nossas necessidade humanas, imprescindível a vida, como a alimentação, os vestuários, a moradia, e o mais importante a paz familiar, a segurança de nossa existência, para que possamos entender a lógica da contradição capitalista em que estamos submetidos quando notamos a realidade complexa, em que os poderes estão com uma elite e as decisões políticas, sempre faz com que a massa seja portadora do trabalho e impulsionadora da riqueza desta elite, e os dividendos quase nunca beneficia essa grande maioria de descamisados, esfomeados, de trabalhadores pessoas que são humilhadas e tens seus direitos burlados pela classe política, que mantém a ideologia escravocrata e de um estado mínimo. E com isto vivemos uma luta de classe, que não é nem vista e nem entendida pela grande maioria da população, ou seja esses trabalhadores, do campo e da cidade.
Ainda manténs as ideias de uma chamada modernidade, que permite congelar investimentos nas áreas de saúde, educação, nas ciências, nos cortes das bolsas de estudos, nos intercâmbios científicos. E outros setores que também assistimos boquiabertos, como o corte de subsídios da polícia rodoviária federal. E essa mesma lógica de desinvestir do poder público também ocorre no âmbito estadual e municipal. E observando que neste contexto que em São José do Rio Preto-SP, moradores da favela Vila Itália desejam ter casas, e muitos devido ao salário de miséria estabelecido pelo mercado e aprovado pelo Congresso Nacional que tens mais insensibilidade do que pode a própria realidade, enquanto que o mercado de aluguéis estão avultados com seus preços e inadequados para o consumo desta massa e diante disto ainda temos uma crise econômica, que o atual presidente desqualifica quando perguntado pelos jornalistas, e essa crise é vista pelos conflitos eminentemente social. Portanto temos ainda uma crise social, e agora uma crise política, em que os poderes que deveriam ser harmoniosos, independentes e distintos entre si, mantém um ar corruptivo, nervoso em que o Executivo compra deputados, portanto temos um Legislativo depravadamente corrupto e um Judiciário, cuja a cabeça de juis como vemos pela imprensa mostra-se como partidário e como bumbum de nenés nunca se sabe quando suja as fraudas, não pra confiar.
Diante deste contexto temos em mãos uma tarefa que exige seriedade, que parte da necessidade de investigarmos profundamente a realidade das instituições e indivíduos principalmente partindo do princípio que vivemos o capitalismo e estamos numa plena luta de classe. Portanto a nossa seriedade precisa ser extrema até porque temos no Brasil trabalhadores contaminados pelas propagandas deste sistema e que através dos votos mantém o estágio de miséria absoluta em termos de mecanismos de defesa aos direitos como bons salários, alimentação, vestuário, escolas, moradia, conclamando e votando nos partidos e nos seres políticos capitalistas que propõe a desgraça, como reforma e disse que isto e a modernidade. Mas sabemos da contradição do sistema, que mantém a máquina ideológica educando a sociedade psicologicamente para ir naturalizando as dores as angustias, as agonias, e assim vivemos o conflito de maneira alienada religiosamente acreditando nas benças do céu e sem ter uma teoria revolucionária capaz de retirar esse entulho de nossas cabeças.
Essa sociedade que apresenta-se capitalista é toda ela religiosa, porém falsamente religiosa, do ponto de vista da ética, pois a religião precisa modificar o ser interior e exterior e entender isto é ver o conflito cravado na contradição de diferentes desejos , diferentes exigências, tanto conscientemente quanto inconsciente. E para essa compreensão é preciso a observação o refletir, o ouvir a voz mesma de nossa intimidade. E essas observações exige desvelo. E desvelo significa compreensão, afeição. E entender o conflito pra desmontá-lo, pois esse conflito é a essência da própria desintegração social e quem faz isto é o capitalismo.
Lendo a atual realidade observo que o sistema do conflito que é o sistema do capital, faz em cada um de nós vivemos do medo, e para apartar deste medo precisamos o desvelo, na compreensão de uma necessidade que é a de manter a vida, em todos os níveis, e a partir de uma nova realidade, de uma verdade observada conscientizada, refletida. E essa verdade parte da necessidade coletiva de um povo, de organizar-se alicerçada numa teoria revolucionária, construída a partir de núcleos democráticos, sendo portadores todos, de conhecimentos, por meios de células harmonizadores democraticamente diretas. E com isto estabelecer a essência do humanismo do respeito pleno a todas as diversidades.
E como seres humanos, a essência que nos envolve é a existência, do ser pleno acolhido na ternura da própria natureza. Esse ser humano é o ser que pensa, que raciocina, que faz a filosofia cotidiana. E a verdade é que não tenho a certeza de nada a não ser da afeição, da compreensão, do abraço, da verdade imaginativa criada a partir da necessidade da vida que é a de ser feliz. E para tal tenho a ideia de que todos devam estar a favor de todos, organizando - os tudo para o pleno amor, sabemos também que toda a alma é como frutos doces e amargos. E por isto meditamos nesta prática revolucionária, e cada um de nós somos frutos de uma natureza, como pai, mãe, origens de todas as forças. Frutos da física sexual da existência humana. Divina e humana almas que permanecem retidas na existência e alcançamos a perfeição com a nossa morte, ou seja seremos livres de tudo. E assim entendemos como vida as poesias do romantismo e como morte a plenitude a arte realista do fim de uma existência física.
Enquanto isto ficamos vivos com o nosso olhar sobre a realidade, e devemos partir sempre das nossas necessidades humanas, imprescindível a vida, como a alimentação, os vestuários, a moradia, e o mais importante a paz familiar, a segurança de nossa existência, para que possamos entender a lógica da contradição capitalista em que estamos submetidos. Porém outro mundo é possível e vale refletir sobre essa frase. E quem sabe vir a construir um Poder Popular.
Manoel Messias Pereira
professor, poeta e cronista
Membro da Associação Rio-pretense de escritores -ARPE
Membro da Academia de Letras do Brasil
São José do Rio Preto - SP.
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