Fatos Históricos do dia 20 de julho - O Teor da Existência
Em 20 de julho de 1873 - nasce Alberto Santos Dumont, pioneiro da aviação no Brasil.
Em 20 de julho de 1940 nasce Dermeval Miranda Maciel, cujo o nome artístico era Roberto Ribeiro, sambista, cantor e compositor, falecido em 1996.
Machado de Assis o n.1 da Academia.
Em 20 de julho de 1897 - A Academia Brasileira de Letras - ABL, fêz a sua sessão inaugural.
Em 20 de julho de 1903 - Falece o Papa Leão XIII, criador da Bula Rerun Novarun, chamado de Socialismo Cristão, para contrapor os marxistas.
Em 20 de julho 1923 - Foi assassinado Pancho Villa, revolucionário histórico mexicano, pelas forças policiais da reação.
Em 20 de julho de 1926 - nasce Geraldo Soares de Carvalho, o Geraldo Babão, compositor, flautista, nascido do Terreiro Grande no Morro do Salgueiro, falece em 22 de maio de 1988.
Em 20 de julho de 1937 - O comunista Álvaro Cunhal foi preso pela primeira vez em Portugal, acusado de distribuir propaganda comunista
Em 20 de julho de 1964 - nasce Kool G Rap - rapper estadunidense
Em 20 de julho de 1968 - Em Osasco-SP, greve da Cobrasma foi sufocada pela ação do exército brasileiro.
Em 20 de julho de 1971 - Fundado em Porto Alegre o Grupo Palmares.
Bruce Lee
Em 20 de julho de 1973 - Faleceu o mestre de Kung Fu, Bruce Lee, o ator e atleta que introduziu a arte marcial no cinema.
Em 20 de julho de 1975 - Foi aprovada a primeira constituição da República Popular de Moçambique, alterada aprovada pela assembleia Popular em 13/08/1978.
Suzana Werner
Em 20 de julho de 1977 -Nasceu a amiga atriz, apresentadora e esposa do goleiro da seleção brasileira de futebol, Suzana Werner
Gracyanne Barbosa
Em 20 de julho de 1982 - nasceu em Campo Grande -MS, a bailarina e atriz Grazyanne Barbosa.
Em 20 de julho de 1988 - Os governos da África do Sul, de Cuba, e Angola concordam com a proposta de conceder a Independência da Namíbia e encerra a guerra de Angola
Em 20 de julho de 1992 - O presidente Vaclav Havel renúnciou o cargo da presidência de Checoslováquia.
Em 20 de julho de 2010 - Aprovada a Lei 12288 que criou o Estatuto da Igualdade Racial.
Esther Ballestrino de Careaga
Em 20 de julho de 2013, no Jornal O Estado de São Paulo, o papa Francisco, conta numa reportagem de que quando ainda técnico de bioquímica, teve amizade com a comunista e revolucionaria Esther Ballestrino de Careaga, que muito lhe ensinou a ele, trocaram livros e conversaram muito sobre o marxismo.
Em 20 de julho de 2014 - Os jihadistas sunitas do Estado Islâmico (que não é islâmico) continuam a alargar o território que controlam no Iraque e já obrigaram 600 mil pessoas a deslocar-se para outras zonas do país. Aproximam-se de Bagdad através de atentados, intensificando a campanha de terror — domingo reivindicaram os rebentamentos de carros armadilhados que, na véspera, mataram pelo menos 24 pessoas em três bairros xiitas.
No total, no sábado explodiram seis carros armadilhados em Bagdad. Destes, o Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade por quatro, os mais mortíferos na cidade desde que este grupo islamista ultra-radical acelerou a ofensiva no país, no início de Junho, assumindo o seu objectivo de conquista de território. Porém, e enquanto as contas das autoridades iraquianas falam em "pelo menos" 24 mortos, o EI assegura que foram 150.
O Estado Islâmico (que até há pouco acrescentava "do Levante e do Iraque" ao seu nome) controla um vasto território no Iraque e na Síria, onde declarou um "califado" regido por uma interpretação literal dos fundamentos do islão. O novo "califado", explicaram especialistas ouvidos pela estação de televisão Al-Jazira, confronta os muçulmanos com uma escolha: ou o aceitam ou assumem-se como apóstatas, podendo ser condenados à morte, ou simplesmente executados, por isso. Estes extremistas destroem templos, estátuas, santuários — incluindo do islão — ou qualquer outro lugar de um culto que não obedeça à sua interpretação.
Estes combatentes jihadistas são conhecidos pela sua brutalidade — executam, cruxificam e lapidam à sua passagem. No sábado, num ataque a uma zona de extracção e depósito de gás natural na Síria (na região de Homs), mataram 270 pessoas, na sua maioria alauitas (um ramo xiita) e a maior parte deles executados com um tiro na cabeça.
Em Raqqa, no Norte da Síria, em 24 horas (entre quarta e quinta-feira) apedrejaram duas mulheres até à morte. Uma testemunha disse à AFP que a população está "aterrorizada" mas não ousa reagir às decisões dos jihadistas sunitas.
Neste quadro de intolerância para com tudo e todos — um cenário em que xiitas, curdos ou cristãos não contam —, ordenaram a expulsão dos cristãos de Mossul, a segunda cidade mais importante do Iraque, conquistada a 10 de Junho. De pouco serviu a mobilização dos xiitas, que se organizaram em milícias para enfrentar os radicais em Mossul e que formam agora grupos de resistência à ocupação do EI.
O ultimato aos cristãos obrigava-os a escolher entre a conversão, o pagamento de um imposto cobrado a não muçulmanos ou a pena de morte — o patriarca caldeu Louis Sako (arcebispo de Kirkuk, uma das cidades de presença histórica de cristãos, juntamente com Bassorá), explicou às agências noticiosas que antes da ofensiva jihadista seriam 35 mil os cristãos de Mossul (um número que já estava longe dos 60 mil que ali residiam antes da invasão americana, em 2003); fugiram quase todos.
Um dos raros que ficou na cidade disse, por telefone, à AFP: "Tenho a sensação de já estar morto".
600 mil deslocados
Esta fuga em massa é apenas o mais recente no êxodo que a chegada dos homens do EI tem provocado no Iraque. Segundo dados do Governo de Bagdad, 600 mil pessoas estão deslocadas devido ao avanço dos jihadistas.
Esta fuga em massa é apenas o mais recente no êxodo que a chegada dos homens do EI tem provocado no Iraque. Segundo dados do Governo de Bagdad, 600 mil pessoas estão deslocadas devido ao avanço dos jihadistas.
Os cristãos de Mossul fugiram quase todos para Qaraqosh, 32 quilómetros a leste e guardada por forças curdas. As cidades santas xiitas de Kerbala e Najaf — outros dois alvos do EI — disseram estar disponíveis para os receber.
Com o país fragmentado e a ameaçar a desintegração — os curdos, argumentando que o Iraque já não é um país unificado, anunciaram um referendo sobre a sua independência e os seus líderes foram à Turquia em busca de apoio diplomático para a sua causa —, em Bagdad prossegue a luta política. O primeiro-ministro xiita, Nouri al-Maliki condenou, num comunicado, a expulsão dos cristãos.
A perseguição do EI às minorias religiosas revela "a sua natureza criminosa e terrorista", disse Maliki. O seu principal adversário, Ahmed Chalabi, também xiita (mas líder de um partido multi-étnico e multi-religioso), respondeu acusando o Governo de não conseguir garantir a segurança dos iraquianos e exigiu ao Parlamento que eleja um novo Presidente, o primeiro passo para haver um novo Governo. Mas entre as declarações de Maliki (que se quer manter no poder) de que o combate aos jihadistas é a prioridade e os desentendimentos entre sunitas, xiitas e curdos, a política iraquiana, e a tomada de decisões, está totalmente bloqueada.
Em 20 de julho de 2015 - Silvia Ramos da Universidade Cândido Mendes , disse que o surgimento dos jovens da periferia falando na primeira pessoa foi o que de melhor ocorreu no Brasil nos anos 1990, segundo conclusão da cientista social e coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, Silvia Ramos. Para ela, os jovens de periferia, de favelas, surgiram como voz e personagem da cidade há pouco mais de 20 anos. “Se a gente imaginar que não havia tradição, nem cultura disso na cidade, foi a área que mais se desenvolveu no Brasil”, apontou.
Silvia Ramos defendeu maior participação dos jovens na elaboração de projetos de interesse da sociedade. Ela diz que os jovens de periferia estão dando show, um verdadeiro banho. "Resta a gente fazer mais debates e discussões, incorporando esses jovens em relação a tudo – educação, moradia, saúde e outros –, e não só em relação à violência”, analisou.
Na avaliação de Rene Silva, presidente do jornal Voz das Comunidades, portal do Complexo do Alemão, comunidade da zona norte do Rio de Janeiro, é importante a participação dos jovens. Ele mesmo começou a atuar quando tinha 11 anos com a criação do jornal na internet, em 2009. A ideia era falar sobre os problemas sociais entre os moradores da comunidade e como poderiam encaminhá-los às autoridades em busca de soluções. Mas o jovem pretende algo mais amplo, e destacou a necessidade da participação de toda a sociedade. “Hoje, todo mundo pode ser um comunicador, pode transmitir informação, e é essa informação que faz o mundo girar e as coisas acontecerem”, disse ele.
De acordo com Rene Silva, as novas geração dos jovens das comunidades já crescem com a ambição de questionar. “É um caminho sem volta. As novas gerações estão crescendo no formato de pensadores, de querer fazer alguma coisa, e não apenas seguir a profissão de seus pais e poder ser o primeiro [da família] a entrar em uma universidade”, completou.
O major Vitor Fernandes de Souza, assessor de ensino, pesquisa e projetos da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) do Rio, concorda que os jovens precisam ser mais ouvidos nas comunidades. No entanto, reconhece que a relação entre a polícia e os jovens é uma das mais tensas na intercessão da corporação com as comunidades. Por isso, disse ele, foram identificadas algumas ações para reduzir os impactos, e uma delas foi a necessidade de desenvolver projetos para abrir diálogo entre as duas partes e compreender porque a polícia causava tanta reação. “A polícia precisa entender que ela tem um passivo com esta cidade”, apontou.
O conselheiro de Desenvolvimento da embaixada britânica no Brasil, Indranil Chakrabarti, entende que para garantir uma cidade inclusiva é preciso assegurar educação desde a infância e promover o emprego digno, e isso depende dos formuladores de políticas públicas, mas também do setor privado, por isso, são necessárias as parcerias. “Cabe a eles pensar arduamente nas parcerias destinadas a propiciar trabalho decente, que os habitantes pobres do Rio de Janeiro, desesperadamente, precisam”, disse. Chakrabarti ressaltou que, infelizmente, o Rio é uma cidade de muita beleza, mas também de muita criminalidade.
A cientista social Silvia Ramos tem a mesma avaliação. Para ela, enquanto permanecer a ideia de que o Rio continua lindo, a população é cordial e dará um jeito nos problemas, vai ser impossível reconhecer que é discriminadora, racista, injusta, desigual e segregadora. Ela acrescentou que a beleza da cidade, como cartão-postal, é um fator inegável, mas também impede de reconhecer as tensões que a população vive.
“Vamos sentar, disputar agendas e concluir algumas delas ou, pelo menos, metas mínimas, mas não vamos fazer isso passando por cima dos outros. Vamos reconhecer as nossas diferenças”, completou.
Para juntar vários atores de órgãos públicos, do setor privado e da sociedade organizada no combate à desigualdade no Rio de Janeiro, a prefeitura do Rio vai lançar em agosto o Pacto do Rio por uma Cidade Integrada. Segundo Eduarda La Rocque, presidenta do Instituto Pereira Passos, órgão da prefeitura responsável pelo planejamento urbano e de estatísticas da cidade, a iniciativa vai fechar o círculo que nasce com as necessidades da população e volta para ela monitorar os avanços, por meio de participação direta.
“A gente acredita no poder de transformação dessa informação qualificada de indicadores para ter como cobrar dos respectivos responsáveis. É muito importante acompanhar os resultados, esse plano de metas monitoráveis pela população, que a gente está criando por meio do pacto”, explicou.
A diretora da Área Programática da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Marlova Noleto, considera o pacto necessário, mesmo que surjam diferenças de opiniões. É necessário, segundo ela, para promover o encontro das diferenças e a possível reconciliação delas, indicando que "para a Unesco é uma satisfação saber que o pacto prevê ainda medidas na área da educação".
As avaliações foram apresentadas na semana passada, durante o Diálogo Brasil-Reino Unido sobre desenvolvimento social, promovido pela London School of Economics and Political Science (LSE) e pela Unesno no Brasil. O encontro reuniu especialistas brasileiros e britânicos de diversas áreas com a apresentação de projetos de políticas públicas que deram certo e os desafios de experiências de desenvolvimento social de base, criadas nas próprias comunidades.
No encontro foi lançado um guia baseado na pesquisa Desenvolvimento Social de Base em Favelas do Rio de Janeiro, elaborada pela LSE e Unesco. O guia foi coordenado pela professora de psicologia social e diretora do mestrado em psicologia social e cultural da LSE, Sandra Jovchelovitch, em coautoria com a pesquisadora Jaqueline Priego Hernandez, também da instituição londrina. No período de três anos foram feitas 204 entrevistas nas comunidades da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio; Cantagalo, na zona sul; Vigário Geral e Madureira, na zona norte da cidade. Os pesquisadores analisaram as metodologias das organizações AfroReggae e Central Única das Favelas (Cufa), além de 130 projetos de desenvolvimento social.
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