Crônica - O zelo com a vida - Manoel Messias Pereira
O zelo com a vida
É preciso zelo com os nossos compromissos, com o nosso ideal de mundo, de pessoas reflexivas, meditadoras e revolucionarias, que entendem que a transformação se dá exatamente por nossas ações humanas, humanísticas, na leitura que traçamos de nossa realidade.
Todo o olhar sobre a realidade, parte da necessidade de quem olha, reflete e vê, as soluções é algo que depende destes chamados eventos dialéticos de respeito as teorias filosóficas, que permite assim propor todas as ações e entender o processo dialético. E inicialmente a palavra dialética tinha como significado a discussão o descobrir das contradições nos argumentos do opositor. E hoje a dialética ainda continua a ser a investigação das contradições da realidade. É o que se compreende , pois o que a forças internas propulsionadoras de desenvolvimento são as tais contradições.
Para tal buscamos a todos os instantes um conjunto de conhecimentos, do mais simples até aos mais profundos e complexos, o nosso olhar parte as vezes do processo da ignorância e segue num avanço que vai do saber incompleto até impreciso ou do conhecimento exato do mesmo modo infinito. O pensamento não tem limites portanto também é infinito. De princípio sabemos observar, depois vamos para a percepção sensorial até a contemplação viva da filosofia até a descoberta da teoria das leis e depois aplicar na prática naquilo que é novo.
Eu creio nesta forma de ver as coisas exatamente porque acredito que num processo de ensino e aprendizagem em que precisamos estabelecer a rotina de emancipar os seres humanos nos seus sonhos de um mundo melhor. Num processo em que todos os eventos do mundo, permitem aquele que quem foi o aprendiz da existência possa ter a emancipação correta de definir o seu rumo, junto a sua coletividade, numa luta de solidariedade humana, de fraternidade consciente, numa visão internacionalista, independente de espaço territorial, é preciso ter posturas em que possamos refutar, a homofobia, o racismo, a violência contra a mulher , contra a criança, o abandono puro e simples por motivo de capitais. E isto requer sim uma ética.
Ter ética é diferente de ter um etiqueta de status. É preciso amparar sempre, é fazer um bem sem olhar a quem é revolucionar a cada olhar, é entender que não há modelo a seguir em termos de uma ciência, mas sim de uma consciência. Pois toda a ciência passa por uma experimentação, por um laboratório e no caso social esse laboratório é o da razão instrumentalizado pela emoção, pois temos a certeza que essas coisas caminham juntas.
O elemento de meus sonhos é ter a plena liberdade, de romper com todos os modismos e deixar rolar os meus desejos, que é a luta por um mundo emancipado, libertário, em que todos nós possamos exercer paixões ardentes, e manter uma expectativas positivas no amor. No amor pessoal, no amor fraternal, no amor além dos limites do infinito, no amor da existência e na perpetuação dos tempos. E repudio todos os olhares interesseiros, todas as maldades existentes, enfim todo o mau olhado.
Aos maus olhados, vale o benzimento, vale o galho de arruda, que até murcha ao ser manipulada pela oração, simples singela, feita de maneira sutil, diante da ziquisira realística de uma plena desestrutura social. Em que tudo se mostra frágil, como dizia Mahatma Gandi, na fragilidade da flor do pêssego e na dureza do diamante. É assim a vida, temos que manter sempre numa expectativa positiva. Uma lanterna acesa, para a felicidade. Necessitamos do amor ético. Precisamos amar e ser correspondido em nossos sonhos. Precisamos manter o zelo de nossos compromissos e quem sabe envelhecer com isto.
Manoel Messias Pereira
poeta
São José do Rio Preto -SP.
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