Dia Laranja trata da violência contra mulheres e meninas em crises humanitárias

Dia Laranja trata da violência contra mulheres e meninas em crises humanitárias

 
Agências das Nações Unidas, ativistas e governos do mundo todo lembram a cada dia 25 o Dia Laranja, que alerta para a urgente necessidade de prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas.
No Dia Laranja de agosto, a campanha centrou-se nas crises humanitárias. Nessas situações, mulheres e meninas são mais propensas a perder seus meios de subsistência e a enfrentar situações de violência baseada em gênero, como a violência sexual, o casamento precoce e o tráfico de pessoas com fins de exploração sexual.
Em Darfur, no Sudão, mulheres se manifestam pelo fim da violência. Foto: ONU/Albert González Farran
Em Darfur, no Sudão, mulheres se manifestam pelo fim da violência. Foto: ONU/Albert González Farran
Agências das Nações Unidas, ativistas e governos do mundo todo lembram a cada dia 25 o Dia Laranja, que alerta para a urgente necessidade de prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas.
Sendo uma cor vibrante e positiva, o laranja representa um futuro livre de violência contra mulheres e meninas, convocando a mobilização pela prevenção e eliminação da violência, não só uma vez ao ano, no 25 de novembro (Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres), mas todos os meses.
No Dia Laranja de agosto, a campanha das Nações Unidas “UNA-SE Pelo Fim da Violência contra as Mulheres” centrou-se na violência contra mulheres e meninas em crises humanitárias. Com o crescimento contínuo da população, da urbanização e da sobrecarga sobre os recursos naturais, as crises humanitárias se prolongam e o número de comunidades que necessitam de assistência humanitária aumenta.
Nas comunidades afetadas por crises humanitárias, as mulheres e as meninas são frequentemente colocadas em risco. Elas são mais propensas a perder seus meios de subsistência e a enfrentar situações de violência baseada em gênero, como a violência sexual, o casamento precoce e o tráfico de pessoas com fins de exploração sexual.
No Brasil, a ONU Mulheres pede atenção à violência contra mulheres e meninas que vivem nas comunidades mais pobres, tendo em vista a vulnerabilidade que advém da ausência de direitos, como o pleno acesso à segurança, à educação, à mobilidade, à iluminação, entre outros serviços públicos que contribuem para a sua qualidade de vida e segurança.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável postula claramente que todas as mulheres e meninas, independentemente da localização, situação ou status migratório, devem ter direito a uma vida livre de violência. Qualquer medida tomada para alcançar o Objetivo 5 desta agenda deve considerar como eliminar todas as formas de violência contra as mulheres e meninas, incluindo as pessoas afetadas por crises e conflitos.

Escolas Seguras

Em 2017, como parte da agenda do Dia Laranja, a ONU Mulheres destaca a cada mês iniciativas e práticas na educação, a fim de avaliar formas de prevenir a violência contra mulheres e meninas no contexto educacional.
“Todos os anos 246 milhões de crianças sofrem violência baseada em gênero dentro ou no entorno das escolas. A educação é um elemento chave na prevenção da violência contra mulheres e meninas e para o futuro que estamos construindo junto com elas”, disse a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman.
“Pensar em cidades seguras é também garantir a educação de qualidade das meninas, bem como fortalecer toda a rede de pessoas à sua volta, como as professoras e professores, as famílias, as comunidades, o poder público e outras esferas que compõem a sociedade.”
No dia 25 de agosto, a ONU Mulheres organizou o evento “Escolas Seguras para Meninas e Mulheres – Violência e Prevenção” no Rio de Janeiro, em parceria com o SESC. O evento, que aconteceu na Escola SESC de Ensino Médio de Jacarepaguá, tratou da prevenção da violência em contextos de crescente violência urbana, da segurança das meninas e mulheres das escolas e comunidades no Rio, e de projetos educativos e culturais que têm possibilitado a construção de espaços seguros para meninas.
Participaram do debate Ana Lúcia Monteiro, coordenadora do programa “Uma Vitória Leva à Outra” da ONU Mulheres; Cláudia Fadel, diretora do programa de Educação Departamento Nacional do SESC; Marcelo Montenegro, coordenador do Programa Cidades Seguras para as Mulheres da ActionAid; Rafaela Soares Cortes, aluna do projeto da ONU Mulheres “Uma Vitória Leva à Outra” e Rafaela Ponciano e Carolina Abreu, do Comitê de Gênero da Escola SESC de Ensino Médio.
A Escola SESC de Ensino Médio é um instituto de ensino em período integral que recebe jovens de todo o país que expressam a heterogeneidade da educação brasileira. Cerca de 54% dos estudantes vêm de famílias com renda entre um e três salários mínimos. O espaço conta com uma das mais privilegiadas estruturas de ensino do Brasil, com Espaço Cultural, laboratórios, biblioteca, ateliês de arte e complexo esportivo.

Saiba mais

Uma Vitória Leva à Outra
Desde 2015, a ONU Mulheres realiza em conjunto com o Comitê Olímpico Internacional o programa “Uma Vitória leva à Outra” no Rio de Janeiro. Seu objetivo é criar espaços seguros para que meninas de 12 a 18 anos possam praticar esportes, se conhecer melhor e adquirir habilidades para a vida.
Currículo O Valente não é Violento
Para prevenir a violência decorrente do machismo nas escolas, a iniciativa O Valente não é Violento, integrada à campanha da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, traz um currículo de gênero para conscientizar meninos e meninas do Ensino Médio sobre o direito das mulheres de viver uma vida livre de violência. Acesse o material.
Guia Global para o Enfrentamento da Violência de Gênero nas Escolas
A ONU Mulheres e a UNESCO desenvolveram o Guia Global para o Enfrentamento à Violência de Gênero nas Escolas. O guia traz informações para governos, gestores públicos, professoras/es e sociedade civil que atuam na prevenção e na resposta à violência contra meninas, incluindo práticas, metodologias e ferramentas para a prevenção da violência de gênero – Acesse.


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