Crônica - A Consciência da Liberdade - Manoel Messias Pereira
O que eu aprendi ao longo de minha vida, são fatos históricos que carrego comigo, como relíquias mas que precisam sempre ter ouvidos para escutar as minhas palavras, sejam elas verdades, artísticas, cientificas, teóricas ou não. Assim como eu outras pessoas tem as suas histórias e contamos como griot.
Nós nos fazemos seres humanos, com a nossa existência. E nos descobrimos a aproximadamente dois milhões de anos. E as pinturas rupestres mostram que nós humanos sempre tivemos numa constante ansiedade, respeitando o nosso medo. E tendo o desconhecimento, como etapa a ser desvelado. E neste medo formulamos a nossa defesa interior, com as nossas buscas mitológicas os nossos heróis, nossos deuses, e nossa busca num papel escrito, desenhado, transformados em algo sagrados.
E sempre procuramos observar, os caminhos por onde a nossa mente, possa se tornar autoridade e permitir-nos entrar num livro. Como se tivéssemos adentrando a um sonho. Na leitura eterna de um caminho para a felicidade.
E durante muito tempo exercemos essa buscas. E desde jovem, até mesmo na vida adulta e depois na velhice, pois a ansiedade é algo quase cristalizados em nós, e a nossa mente portanto deve sempre estar livre, para ver a beleza de uma árvore, ou a formosura das nuvens, ao sensação de um riso debochado da própria tristeza mas sem perder de vista o senso da realidade.
E nesta relação de pensar e viver vamos tendo mudanças sempre, os nossos corpo mudam, ás vezes engordamos outras vezes emagrecemos, as células de nossos corpos se transformam, as relações sociais também momentos que resolvemos casarmos, outros resolvemos separarmos e neste sentido nada é estático nas relações sociais. O que há de interessante é que uma vida existe na forma de nossos pulsarem os corações, de respirarmos os ares, de ficarmos felizes. E assim também podemos correr o risco de ficarmos doentes de morrer, de fazer uma pessoa amada chorar. E o choro pode ser saudade, de tristeza. Mas é assim um pouquinho do que temos como vida e como história. E assim é a saga nossa lenda cotidiana.
Entre a certeza que temos é que a incerteza é certa. E os religiosos dizem que só a incerteza é criadora. Embora há aqueles que vem dizer que no livro sagrado y ou x ou z onde está a verdade, a vida e a respostas de nossas ansiedades. Enquanto isto temos a obediência a uma cadeia chamada, de família, de escola, de trabalho, de religião, de igrejas, de enquadramento num circulo vicioso de conceitos. E neste momento vamos nos destruindo, em nome de deus, da sociedade, em nome da instabilidade, do emprego, de nossos sonhos partidos diante da impossibilidade de conseguirmos sair do túnel da nossa existência sem sequer dar um passo com a firmeza num processo evolutivo. De uma emancipação educacional, cultural e intelectual.
Creio que devemos propor a interferência nos nossos conhecimentos, escutar as palavras na mais profunda liberdade. E sabemos que as palavras sempre carregam significados como símbolos, e não vale aqui aceitar ou rejeita-las, mas sim entende-la e ocupar as sentenças e as orações com profundas sensibilidades, percebendo o falso ou verdadeiro, com o discernimento em todos os sentidos. e entendendo que todas as visões objetivas e subjetivas estão sujeitas as transformações da própria experiência dialética. E assim continuaremos a nossa trajetória sobre a terra, necessariamente ações nascida desta liberdade, salvando nos dos presídios das ilusões do idealismo em que encarceramos todos os divinos momentos de nossa existência. Temos que salvarmos sendo portadores dos sonhos interpretativos de nossas necessidades reais e isto sim é o que conta.
Manoel Messias Pereira
poeta, cronista, professor
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
Membro da Associação Rio-pretense de Escritores - ARPE
São Jose do Rio Preto -SP. Brasil
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