Crônica - Os choques das nuvens - Manoel Messias Pereira
Os choques das nuvens
Os trabalhadores brasileiros, hoje vivem num beco sem saída em busca de uma luz no fundo do túnel. A busca desta luz está em acreditar ou desacreditar que os seus representantes no Parlamento brasileiro, se estão ou não preocupados de forma responsável pelas ações políticas públicas que venham proteger estes os seres humanos dos labores no seu esforço que é o de operacionar para o benefício do seu país.
E este trabalhador por mais cético que sejas ou estejas tem suas dúvidas em relação aos seus representantes assim como ao sistema democrático dentro dos marcos do capitalismo, que pelo que sabemos há uma conjuntura em que aqueles que vivem de lucros e juros, são os patrocinadores ou representantes daqueles que vivem apenas com o salário. E estes salários são apenas para tentar manter uma vida, não com bem estar social, mas sim forma de continuar vivo, trabalhando para engordar a burguesia, que a cada dia concentram mais valores econômicos, e pouco importa-se com a saúde deste trabalhador, que é visto como homem máquina. E o detalhe é máquina sem manutenção. E a morte segundo os partidos capitalistas é a morte deste ser-humano.
Karl Marx em suas escritas antes de 1846, dizia que três razões levam os trabalhadores a ter um papel decisivo na história universal. E assim ele acreditava que em primeiro que os trabalhadores se tornaria cada vez em maior número em virtude da lei de evolução da sociedade capitalista e abrangeria a maior parte da humanidade. E com uma luta sócio-econômica. Em segundo lugar, num processo tencionado entre a consciência humana e a reificação e alienação afetiva do ser humano por outro (na forma da existência de assalariado) e por outro lado a raiz de um sofrimento que leva a ação, um sofrimento profundo que toca a s raízes humanas, que por este motivo também só pode ser superada por um processo revolucionário radical que livre da alienação a realidade toda e nisto há uma forma quase metafísica. E em terceiro lugar, da cooperação afetiva (condicionada pela técnica) dos operários, apesar de toda a corrupção destrutiva do sistema capitalista e suas ideologias individualistas e egoístas e disto esperava ele medidas de solidariedade e camaradagem, que predisporia a essa classe uma verdadeira ação coletiva. E isto parece bem o aspecto psicológico.
O trabalhador brasileiro, vive a agonia do sistema capitalista e crê que a queda deste sistema pode estar ligada as consequências das sucessivas crises capitalistas. Porém a revolução segundo Paul Lafargue está próxima bastará o choque de duas nuvens para a determinação a explosão humana. mas esse choque não é algo simples, como o chover ou como o amanhecer do dia ou a anoitecer. Pois a acumulação do capital vai sim reduzindo as concorrências, transferindo para a esfera mundial e até ao processo imperialista, às novas condições de capitais que termine superando as crises cíclicas, com um capitalismo com fôlego e sobrevida. Ou seja a crise do sistema é reorganizado nesta crise, só quem perdem é quem tem apenas a força de trabalho no contexto, ou seja o trabalhador.
Daí vem a ideia da propriedade que nasce num processo liberal, juntamente com a ideia da igualdade, da liberdade e da fraternidade. Numa doce e bela mentira social. Pois num aspecto interessante é que essa doçura é a segurança para os iguais mais iguais, e contra os iguais desiguais. E o desigual é o pobre, o trabalhador, aquele que desenvolve a sua força de trabalho para estabelecer a riqueza dos seus patrões. E os economistas burgueses dizem que a propriedade é o poder dos homens sobre as coisas. E são esses homens donos das coisas que constroem as relações sociais, e as propriedade pode comparar á linguagem como um produto de um só homem, a linguagem é um absurdo, pois a propriedade não existe fora das relações sociais desta natureza.
A questão é que a liberdade resiste no conhecimento da necessidade na utilização prática. Se os homens que tens apenas essa força do trabalho não apropriar das coisas por ele criado e ao fazê-lo e estabelecer uma relação de propriedade. Na necessidade de que é preciso pensar numa produção de um modo responsável como o modo historicamente determinada pela apropriação de bens. E ela tem de acontecer num processo de transformação política.E daí sim tentar fazer disto o choque das nuvens. Provocar a chuva de felicidade, de encantar com ternura do amor de Ósún, ou com a beleza dos raios de Iànsã, na leitura dos destinos, dos novos tempos. Como estabeleceu o Marx jovem, numa luta sócio econômica, metafísica ou quem sabe psicológica, na leitura das transformações.
Manoel Messias Pereira
cronista, poeta
Membro da Associação Rio-pretense de Escritores - ARPE
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto-SP. Brasil
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