Crônica - Pensar uma ação - Manoel Messias Pereira
Pensar
uma ação importante para a atividade humana. Refletir sempre no que
pensar, e tornar sempre um ser reflexivo, por no campo das ideias suas
propostas de ações, buscar conhecer todos os conceitos fundamentais das
ciências e utilizar-se sempre na preocupação com o coletivo humano e
suas necessidades. E assim exercer uma função permanente de crítica ao
status quos.
E
ao exercitar o pensamento, perguntar-se ao todos os momentos, de onde
provém os princípios filosóficos? A reflexividade é a propriedade
central dos sistemas epistemológicos da filosofia?
Aprendi
que todos os seres humanos são seres filosóficos porque são seres
pensantes,assim como são seres históricos portadores de um passado,
vivem um presente com perspectivas de um futuro e neste contexto social
são portadores de desejos e alicerçam-se , na trajetória da existência,
procurando refletir sempre nas dores e nos erros de um passados
procurando acertar e transmitir as possibilidades de um conjuntos de
acertos dentro de sua visão de mundo.
A
ideia de refletir, ao invés de dizer algo, é tentar ser crucial, no
contexto construtivo na formação individual dos indivíduos. Um pensar
destrutivo, pode levar o seu próximo a tomar uma estrada que pode ter
como um destino um precipício ou não. A vida parte de nossos sonhos e
das realizações possíveis.
O
pensamento é sempre uma norma, ou pelo menos uma lei normativa, uma
direção a ser seguida pelos seres humanos que desejam ter um mundo mais
racional embora saibamos que a razão e a emoção são coisas que caminham
juntos. E são coisas que aparecem numa avaliação muitas vezes não
descritiva. Envolvendo os indivíduos e a sua comunidade. O Estado e suas
autoridades, os poderes constituídos e os poderes a partir dos direitos
e as garantias individuais. E consequentemente todos os conflitos que
partem destas premissas.
O
filósofo grego Aristóteles dizia que o homem deveria conhecer tudo na
medida do possível. Mas a ideia do conhecimento culmina com o
pensamento. E ele organizado dentro de um lógica perspectiva é sim a
filosofia, que muitas vezes depara e traz a luz diante dos conflitos,
dos indivíduos e sua comunidade.
Penso
sempre que seria possível uma Paz perpétua entre os homens, pois diante
de um mundo competitivo, de pessoas que submetem ao mercado, ao
processo exploratório, tudo numa perspectiva do capital. Com certeza
esse não é o modelo ideal de meus sonhos. Eu não gosto desta ideia de
ver um outro ser humano, da mesma espécie que eu assassinar o seu
próximo ou por ele ser assassinado e muitas vezes em nome de uma santa
religião. Também detesto a ideia de ter na minha espécie o assassinato
de crianças por um simples prazer de ver ter o sangue nas mãos como
olhar sanguinário de alguns estadistas que estão no Conselho de
Segurança da ONU, enfim eu acho uma bestialidade esse conceito de
segurança plenamente pensado e posto em prática no mundo. Quando falam
de segurança em mim instala um projeto de insegurança, eu não sei quando
ou quanto tempo uma bala perdida pode encontrar a minha ou a cabeça de
um outro ser humano, que deixa de contar a história. E isto é muito
chato.
Há
quem diga que a guerra é uma continuação da política por outros meios
em que há uma sociedade em que reina uma ordem mundial e a tal ordem
pressupõe aceitar uma ideologia política e cultura comum. Mas para mim a
guerra revela a miséria humana. Em que seres da mesma espécie submetem o
seu próximo como a sua semelhante ao trato desagradável cruel ao
processo escravocrata, a penas de cárceres privados, a torturas, ao
fuzilamento, a destruição em massa dos patrimônios históricos e há
Estados que prevêm inclusive a pena de morte. Assim como no passado se
pensava em guilhotinar as pessoas na França não faz muito tempo os EUA
julgou e condenou a forca Sadam Hussein e vi muitos orgãos da imprensa
muitos intelectuais tidos como pensador dizer que bom que o mundo ficou
sem essa aberração como Sadam esquecendo que ele fora uma criação do
próprio Estados Unidos e que fez o papel social de assassinar todos os
comunistas, a mando dos estadunidenses diante do processo de guerra fria
pela qual todos nós fomos submetidos no mundo. E há que neste momento
se pergunta, mas ele não morreu porque tinha armas químicas ?
Evidentemente que não e tudo não passou de uma santa mentira trazida num
contexto político pelos próprios estadunidenses. E até hoje ha quem
nutre-se de ódio contra o seu próximo por pensar diferente do estágio
capitalista. São com certeza bestialidades humanas esses que crêm que a
vida se resume ao mercado e ao lucro.
Remeteremos
a Jesus Cristo, quando esse expulsa do templo os mercadores, e quando
esse diz que precisamos repartir o pão, que necessitamos observar o
milagre de transformar o pão no corpo de Cristo e o vinho no seu sangue,
o chamado mistério da Fé eucarística. E me pergunto não dá pra ser
Cristão eternamente, ou somente na enganação diante do altar e depois
transforma-se no odioso ser humano que não resplandece, que trabalha as
meias verdades, se buscar embasar-se em Lúcifer, que buscamos em Isaias
"eu subirei ao céu; acima da estrela de deus exaltarei meu trono...
subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo". E é
bom a gente começar a fazer esses estudos comparativos até porque logo
vão estar falando do Natal não pensando na Estrela Dalva e no nascimento
de Jesus mais sim no faturamento e na corrida do lucro do vil metal,
pela qual a todos os instantes há assaltos, a mão armadas e também na
calada da noite nos gabinetes institucionais de nossa "Santa e Sagrada
Política" com toda a divina ironia possível.
Pensar
segundo Platão, nos leva a conversão e a oração do filósofo.
Converter-se é olhar na direção contrária daquela para onde antes
olhava. voltar da sombra do sensível para a luz do intelegível, para a
ideia da esperança, da bondade, do compartilhar o pão de cada dia, do
socialismo, do amparo ao próximo, da humanização, e deixarmos
definitivamente o espetáculo sedutor das aparências, políticas e
religiosas. As vezes nossos sonhos de Deus está no olhar de seu próximo,
na leitura dos respeitos. Na bandeira vermelha e do lado esquerdo do
peito onde bate o coração.
Precisamos
pensar e manter um diálogo, no olhar da simplicidade na arte de falar
bem de participar dos predicados dos discursos filosóficos, transmitir
as verdades conhecidas, e fundar-se no conhecimento verdadeiro da alma,
aceitar a superioridade da palavra oral, sobre a morta palavra escrita. E
não devemos nunca ter uma conclusão mais acabar e começar o fim de onde
partimos.
Pensar uma ação importante para a atividade humana. Refletir sempre
no que pensar, e tornar sempre um ser reflexivo, por no campo das ideias
suas propostas de ações, buscar conhecer todos os conceitos
fundamentais das ciências e utilizar-se sempre na preocupação com o
coletivo humano e suas necessidades. E assim exercer uma função
permanente de crítica ao status quos.
Manoel Messias Pereira
cronista, poeta
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
Membro da Associação Rio-pretense de Escritores - ARPE
São José do Rio Preto -SP. Brasil
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